domingo, 4 de novembro de 2018

“FALTA DE ATENÇÃO”


"O preso pode ser um de nossa família, se a educação não se fizer presente na ponta de seu lápis."



Eu já convivo dentro do sistema carcerário há muitos anos, e nele eu aprendi os desleixos, amarguras que o estado tem com a massa carcerária, pois como guardião desse povo, releva essa comunidade ao último plano, já que deixa de propiciar o intelecto que a lei de execução doutrina como fiel depositário da justiça.

De dentro da minha humilde cela procurei decifrar o enigma que muitos desses tecnocratas que cuidam deste sistema carcerário pontificou os termos que predomina o respeito ao direito da pessoa humana, como registra a nossa carta magna, independente do crime praticado.

Pois bem, peguei o meu caderno de anotações e sai de cela em cela para pesquisar se a pena imposta ao interno serviu como exemplo para que ele tenha o retorno para a sociedade garantido.

Fiquei impressionado com cada resposta que ouvia, pois cobra-se muito do interno e não se dá a segurança necessária para se reintegrar ao colo social.

Dos 130 internos pesquisados, 90% deles disseram que a cadeia não se viu como uma punição efetiva para que ele pagasse pelo crime cometido, muito pelo contrário, o Estado ensinou a eles a aprenderem o que não queriam.

Vou contar a história de Márcio de tal, e ele foi unânime em dizer que a cadeia é uma faculdade que só ensina o mal, porque os cursos por aqui administrados não dão direitos ao interno a refazer a repescagem, já que está amplamente no cometa do crime, onde você entra com essa prática e não tiver seus direitos fundamentais agraciados por quem de direito que é o Estado, involuntariamente se sai do cárcere com o diploma de vários mestrados.

Uma outra vertente que alguns internos me relataram foi que a morosidade da justiça também é um dos pilares que mais abala o sistema nervoso dos apenados que tendo em vista que o preso ao adentrar ao sistema sabatinado por uma ordem legal acha que com 6 meses o seu problema será resolvido, se condenado ou absolvido. Mas os entraves burocráticos do judiciário acabam levando um acusado a cumprir uma pena simbólica antes mesmo da chegada da sua sentença.

Segundo um interno me explicou, muitos dos seus companheiros foram condenados a 5 anos e foram obrigados a ficarem presos por 5 ou 6 anos por falta de conduta interligada a internet que possibilite ao preso saber de uma certidão oriunda da vara em que responde processo explicando com exatidão o final de sua sentença caso seja condenatória.

Isso tem sido um dos motivos de ódio e rancor que um interno que perdeu seus direitos de vista.

POR FIM,

Dentro dessa analogia sistemática do sistema carcerário em que as autoridades constituídas dessa pátria que trata este segmento como uma colônia do inferno, e o arco giratório cuja a ressocialização representa 3% de recuperação de todo conjunto previsto em lei, está provado que ao redor do mundo os governos que deixaram de implantar trabalho e educação, como também o respeito disciplinar fracassaram, mesmo porque nem a pena de morte ou prisão perpétua são capazes de tolher uma mente humana quando o seu instinto está enfurecido.

Citamos o EUA cuja a pena capital é presente, e em outros países que pune o infrator, o Estado como um todo só terá uma vitória esmagadora quando políticos criarem leis onde esteja presente o administrador do sistema penal brasileiro de fato e de direito que traga consigo a educação social, e o elo administrativo de reger a cultura carcerária com projetos que venham beneficiar a sociedade quando os presos alcançarem o seu Estado livre.

Ai sim o Brasil estará dando um grande passo para atenuar a temática e evolução de um preso que cumpri pena!

PEGUE À VISÃO

Escrito por mim aqui da PLB e postado por minha netinha.

“A educação cura todos os males da humanidade, inclusive faz o homem se arrepender de certas condutas. ”


Raimundo Ravengar    

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