"O preso pode ser um de nossa família, se a educação não se fizer presente na ponta de seu lápis."
Eu já convivo dentro do sistema
carcerário há muitos anos, e nele eu aprendi os desleixos, amarguras que o
estado tem com a massa carcerária, pois como guardião desse povo, releva essa
comunidade ao último plano, já que deixa de propiciar o intelecto que a lei de
execução doutrina como fiel depositário da justiça.
De dentro da minha humilde cela procurei
decifrar o enigma que muitos desses tecnocratas que cuidam deste sistema
carcerário pontificou os termos que predomina o respeito ao direito da pessoa
humana, como registra a nossa carta magna, independente do crime praticado.
Pois bem, peguei o meu caderno de
anotações e sai de cela em cela para pesquisar se a pena imposta ao interno
serviu como exemplo para que ele tenha o retorno para a sociedade garantido.
Fiquei impressionado com cada resposta
que ouvia, pois cobra-se muito do interno e não se dá a segurança necessária
para se reintegrar ao colo social.
Dos 130 internos pesquisados, 90% deles
disseram que a cadeia não se viu como uma punição efetiva para que ele pagasse
pelo crime cometido, muito pelo contrário, o Estado ensinou a eles a aprenderem
o que não queriam.
Vou contar a história de Márcio de tal,
e ele foi unânime em dizer que a cadeia é uma faculdade que só ensina o mal,
porque os cursos por aqui administrados não dão direitos ao interno a refazer a
repescagem, já que está amplamente no cometa do crime, onde você entra com essa
prática e não tiver seus direitos fundamentais agraciados por quem de direito
que é o Estado, involuntariamente se sai do cárcere com o diploma de vários
mestrados.
Uma outra vertente que alguns internos
me relataram foi que a morosidade da justiça também é um dos pilares que mais
abala o sistema nervoso dos apenados que tendo em vista que o preso ao adentrar
ao sistema sabatinado por uma ordem legal acha que com 6 meses o seu problema
será resolvido, se condenado ou absolvido. Mas os entraves burocráticos do
judiciário acabam levando um acusado a cumprir uma pena simbólica antes mesmo
da chegada da sua sentença.
Segundo um interno me explicou, muitos
dos seus companheiros foram condenados a 5 anos e foram obrigados a ficarem
presos por 5 ou 6 anos por falta de conduta interligada a internet que
possibilite ao preso saber de uma certidão oriunda da vara em que responde
processo explicando com exatidão o final de sua sentença caso seja
condenatória.
Isso tem sido um dos motivos de ódio e
rancor que um interno que perdeu seus direitos de vista.
POR FIM,
Dentro dessa analogia sistemática do
sistema carcerário em que as autoridades constituídas dessa pátria que trata
este segmento como uma colônia do inferno, e o arco giratório cuja a
ressocialização representa 3% de recuperação de todo conjunto previsto em lei,
está provado que ao redor do mundo os governos que deixaram de implantar
trabalho e educação, como também o respeito disciplinar fracassaram, mesmo
porque nem a pena de morte ou prisão perpétua são capazes de tolher uma mente
humana quando o seu instinto está enfurecido.
Citamos o EUA cuja a pena capital é
presente, e em outros países que pune o infrator, o Estado como um todo só terá
uma vitória esmagadora quando políticos criarem leis onde esteja presente o
administrador do sistema penal brasileiro de fato e de direito que traga
consigo a educação social, e o elo administrativo de reger a cultura carcerária
com projetos que venham beneficiar a sociedade quando os presos alcançarem o
seu Estado livre.
Ai sim o Brasil estará dando um grande
passo para atenuar a temática e evolução de um preso que cumpri pena!
PEGUE À VISÃO
Escrito por mim aqui da PLB e postado
por minha netinha.
“A educação cura todos os males da
humanidade, inclusive faz o homem se arrepender de certas condutas. ”
Raimundo Ravengar
Nenhum comentário:
Postar um comentário