Meu caro amigo Ravenga, estou bem, aqui no além ! Mas estaria melhor se estivesse ai ao seu lado, me deliciando dos pestiscos que você me dava ! Ai... Ravenga que saudade das sardinhas, do tira gosto e calabresas, da ponta de queijo com limão, até o suculento caldo de sururu, que eu não posso esquecer, da pimenta malagueta que Sueli do Chinês, trazia com molho de camarão, poxa Ranvega, eu não sei aonde estava que fui comer aquele pestisco de galinha ao pé de sua mesa, hoje me encontro amaragurado cumprindo a sina da natureza dos ratos. É que não podem ver um pouco de comida, vamos deixar pra lá Ravengá ! Já morri mesmo !
Como é que estão as investigações do meu assassinato ? Teve avanço ? Algum suspeito em potencial ? Ou caminha para impunidade ? Uma prática comum aí na terra?! Por isso acredito no seu taco, por você ser meu amigo: Juarez, nos rols da minhas investigações, deleguei ao agente bom de papo Pitanga, pois fofoquinha que mora na cela B13, me disse que naquela tarde noite, antes dos agentes fecharem a cela, que realemente tinha entrado de capuz, pela maneira de andar e a estrutura ser se uma pessoa alta esteticamente como Pitanga. Que no seu modo de andar, cuja os braços balançam demasiadamente. E um ponto importante, jura é que a sandália dele, aquela mesma que você roeu, pensando que era carne do sol, deixou-o fulo da vida, e juro dar uma cacetada ao 1º rato, que aqui na minha cela estivese, como retruquei de suas intenções de assassinar o rato que roera sua sandália.
Pressuponho eu Juarez, diante da minha propagação do que ele me dissera, provavelmente Pitanga articulou o seu envenenamento da maneira sútil, para que eu não percebesse o seu assassinato, outro detalhe jura, que eu presenciei, sabendo ele que você era um dos meu amigos mais íntimos, que eu dava mais bola a você do que a ele, além da roedura da sandália o ciúme também pode estar ligado a este fato . Porque Pitanga não demonstrou em nenhum momento de sua morte nenhum ressentimento, e nenhuma lágrima se quer foi derramada. Bem diferente de mim, que aos prantos chorava copiosamente, por isso nesta linha de investigação, provavelmente levarei este suspeito Pitanga as barras dos tribunal, em curso no art.121 paragrafo I,II, e III do CPB, matar por motivo fútil, torpe e sem da direito a sua defesa jura .
Digo isso jura, que já arrolei 2 testemunhas oculares, que no tribunal do juri, com certeza vão incrimina - los . O outro suspeito de sua morte é um elemento conhecido como flores, pelo seu instinto perverso e contumaz na prática de colocar veneno em todas as bocas de lobo. A suspeita contra esse cidadão, que apresença do rato Juarez em minha companhia já estava incomodando, visto que a atenção dispensada a sua pessoa jura, incomodava a flores de tal forma, que antes desse fato occorido com você, ele já tinha degolado outros companheiros seus. Entre eles um que puxara a cueca de estimação que ele tinha levado para dentro do buraco. Deixando flores cheio de ódio, e chegou a minha cela bufando e comentando esse episódio, ainda retrucou a partir de hoje todos os ratos, que se puserem em minha frente ou eu mato num balde de água ou com comida envenenada, um outro 3º suspeito, visto também pela testemunha D.Jalminha, conhecido como "carmelengo" que é o xerife da cela, também está na mira. Visto que pesa sobre ele, que comentou-se ao pé do ouvido: que a cela amanhecia toda suja, de restos de comidas, fezes de ratos e outras algoazarras . E por ter que limpar a sujeira por 2 vezes. Dijalma gritou: "Eu não aguento mais essa condição de faxineiro de rato". Que ele limpava e o rato sujava ! E jurou vingança na 1º aportunidade, o que o tornou um dos principais suspeito, a ser denunciado pelo "ministérios público" .
Você não sabe da maior jura ! Puxando a ficha criminal de D.Jalminha, fiquei pasmo ! Com os crimes de furtos e descuídos praticado pelo mesmo. Daí me deu a idéia de indicial-lo como homicidio doloso, aquele que tem intenção de matar, e provalvelmente sentará na cadeira dos réus.
é isso aí Jura ! Estamos correndo atrás e com certeza o seu assassinato, não passará desapercebido e por certo farei justiça amigo !
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